Clube da Dona Menô
Dona Menô
Voltando para as Plêiades



Por muitas vezes eu penso em parar de fazer medicina. Já não aguento mais lutar pelo ganha-pão honesto e com poucas opções de aumentar minha renda. Não consigo mais ver tanta injustiça com o povo e não concordo em ser coadjuvante desse caos. Talvez por isso eu não consiga ou não encontre caminhos para exercer minha profissão de uma maneira calma, tranquila e bem aplicada.

Um amigo me ofereceu um emprego em um plantão. Aceitei e trabalhei apenas por um domingo inteiro neste lugar. Desisti, depois de passar o pão que o diabo amassou, e voltei chorando por uma estrada linda, dando graças a Deus de estar saindo de lá.

Talvez Deus tenha colocado logo no meu primeiro dia situações à minha frente, impossíveis de serem digeridas e aceitas, para que eu logo de cara visse que eu não pertencia àquele lugar e não fazia parte daquele grupo de pessoas.

No ano passado foi a mesma coisa e até fiz várias crônicas que se chamaram “Caminhando pelo Rio”, mas só contei aquilo que podia ser publicado, pois, ao contrário eu teria que acionar tantos setores responsáveis, da área jurídica e médica, que eu estaria enrolada em minha própria teia. E da mesma forma foi neste domingo passado...

No meu dia-a-dia de médica, trabalhando com convênios e hospitais particulares, também fui agraciada com situações absurdas que dariam vários processos, vindas de hospitais, de pessoas que trabalham nesses hospitais, de planos de saúde e tantos outros setores...

Eu resumo apenas em uma frase: “Não estou mais a fim de sujar meu pé com sangue!”. Aqui utilizo uma cena que já vi e vejo muito por aí, que é o obstetra sujando os pés com o sangue que escorre de um parto ou cirurgia, geralmente por falta de indumentária apropriada, como também o resto à volta do profissional não está apropriado para o exercício digno da medicina, o que reflete no bom atendimento ao ser humano.

Um amigo médico, num papo informal, quando eu me desabafava, me disse: “Quando você constrói seu castelo, é neste lugar onde vai morar. Você tem que saber escolher o lugar onde construir este castelo...”. Sinceramente, com toda a pureza de minha alma, estou sem saber onde “morar” - o que me faz pensar em me mudar, não só de onde trabalho, mas do meu trabalho como médica. Estou em crise, estou cansada, estou sem saber que caminho seguir.

Numa noite dessas, indo para o hospital fazer uma cirurgia, junto com um colega de minha equipe, que além de excelente médico é esotérico, eu comecei a tecer a rede dos dramas que eu vinha vivendo e as coisas erradas contra as quais eu lutava e que me estressavam. Ele dirigia, mas mais parecia estar voando num tapete voador, como se a gente não estivesse numa área de risco, uma vez que por todo o trajeto para o referido hospital, e na própria área do hospital, existem assaltantes, conflitos entre policiais e traficantes e por aí vai... Daí, como um profeta, ele me respondeu: “Ainda bem que eu logo me mudarei para minha terra e largarei isso tudo aqui....”.

Ainda pensei com meus botões: “Este cara ta doido. Eu o conheço desde menino e ele nasceu aqui no Rio! De onde ele está falando?”. Imediatamente, como que adivinhando meus pensamentos, ele me disse: “Voltarei para as Plêiades, o lugar de onde eu vim e quero voltar! Lá os seres são de luz e não há intrigas, onde a paz e a sabedoria habitam. Neste mundo aqui eu estou atravessando uma fase e por isso eu aturo!”.

É muito difícil para eu saber até onde ele brinca e até onde ele acredita firmemente no que fala, mas, pensando pelo lado religioso, talvez possa compreender que ele fala na vida após a existência terrena, no céu, e assim fica mais fácil conversar com ele...

O que me segura nesta vida? Não sei... Talvez seja uma força emocional descomunal ou uma proteção divina muito grande, se eu me colocar diante de tantas coisas que já me aconteceram. As pessoas falam em “trabalhar” este lado espiritual... Se soubessem pelo que passo e já passei, talvez entendessem o quanto o faço todos os dias, a cada segundo. Talvez entendessem a minha língua...

Sei que eu necessito crescer no que diz respeito à espiritualidade e autocontrole. Sei de minhas falhas, pois muita coisa vive ao meu redor e me atrasa o pensamento, como também muitas pessoas se valem da minha sombra, ao invés de me impulsionarem pra frente; querem atrasar minha vida e se valem daquilo que já ultrapassei e que me serviu como experiência. Preciso apenas encontrar caminhos novos antes de destruir aqueles onde já pisei.
 
Todos nós estamos num mesmo contexto e vivemos à mercê das crises econômicas. Uns ganham mais, mas gastam mais. Outros ganham pouco, mas armaram um esquema de viverem em baixa reserva. Poucos não sentem a crise financeira, pois vivem em um mundo surreal, na maioria das vezes usurpando dos menos privilegiados. Raríssimos passam pela vida sem sentirem o aplacar da dura realidade social.
 
Como eu, muitos não encontram saídas e vivem à beira de uma crise nervosa. O problema é que o que conta são as contas, que não param, que vivem girando que nem astros à nossa volta, estrelas cadentes que gravitam em energias negativas. Bandeira encontrou Pasárgada e meu amigo, as Plêiades. Onde estará meu canto de paz?

Andei lendo sobre as plêiades e abaixo deste texto daqui fiz um resuminho sobre esta constelação. Indico também artigos na Internet que abordam sobre a parte misteriosa, religiosa ou mística destes astros.

Complementando minha crônica, repasso aos leitores alguns comentários a mim dirigidos, feitos por amigos, quando participaram de alguns momentos de minha vida no ano de 2009. As respostas estão nestes dizeres. Eu só preciso achar a maneira de achá-las na prática:

1- “Entendo seus motivos e todas as passagens de vida que a conduzem por momentos de profunda solidão. Entendo que em algumas horas de nossas vidas nem os amigos podem ajudar. Por vezes precisamos sentir nosso próprio eu, chorando nossa mágoa ou gritando nossa dor. São sentimentos latentes que teimam em nos assombrar. Amores que se tornaram torturas. Amigos que viraram desafetos. Idealizações que nasceram, mas pararam de crescer. Tantas coisas nos magoam...
 
Mas e as alegrias? Perdem seu valor por conta das mágoas?! Não, minha amiga. Para cada mágoa há um "que" de vitória (que muitas vezes não percebemos). Como diz a música: "Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". E, acreditando que a PALAVRA TEM PODER, comece a dizer que sua FORÇA VITAL VOLTOU IRADA, DESSA VEZ PRA FICAR!
 
Acredite que você pode. Acredite e tome A SUA VIDA PELA MÃO. NÃO DEIXE QUE OUTRO A CONDUZA, ELA É SUA!”
 
2- “De fato, Leila, o ano de 2009 salgou a gente além da conta, em todos os sentidos. Sinta-se incluída num rol imenso de pessoas, muitas das quais tenho visto tombar ao peso de muitas dores.

Você tem formação científica e não sei se pode ver como eu vejo (talvez até de forma inocente, muito mais sentindo ou intuindo do que compreendendo)... mas uma coisa eu sinto e sei: nossa civilização vai passar por grandes transformações num futuro muito próximo.

As pessoas mais sensíveis como você, têm canais abertos, e mesmo que não queiram, sentem nas costas toda a dor que paira no coletivo.

Na ordem das coisas, você é privilegiada. Compadeço-me dos que estão indiferentes ao caos que grassa por toda parte e, principalmente, dos que são os fomentadores deste caos.

Sim. Destes eu me compadeço. Não adiantarão reflexões de última hora ou tardios gemidos e súplicas por misericórdia. A Humanidade já teve tempo demais para se depurar. O tempo acabou, amiga. Ainda assim, 2010, regido por Vênus, permitirá uma pausa para momentâneo refrigério.

Segure firme no leme do seu navio. Muitos os chamados... e poucos os escolhidos. Cuide-se amorosamente!”

3- “Você, MÉDICA, que proporciona alegria a tantas famílias, não pode se deixar dominar por pensamentos ou circunstancias negativas. Lute por tua vida e por teus direitos. Não se transforme em uma pessoa amarga e velha antes do tempo”
 
4- “O médico passou a ser um mero coadjuvante. Parece que somente nós, médicos, precisamos do paciente, do convênio e do hospital, sem reciprocidade. Saudades do tempo em que todos precisavam de todos e todos contavam com todos. Vão-se os tempos...”

AS PLÊIADES



As Plêiades são um grupo de estrelas na constelação do Touro (Taurus). As Plêiades, também chamadas de aglomerado Estelar, são conhecidas por vários outros nomes tais como "Sete Irmãs", como M 45 pela classificação do catálogo Messier, e como "Subaru" no Japão.
 
Formaram-se a partir de uma mesma massa inicial de gás e poeira. Trata-se de um enxame muito jovem: a sua idade é estimada em 100 milhões de anos, pelo que terão nascido numa altura em que a Terra era dominada pelos dinossauros. Estima-se que durará cerca de 300 milhões de anos para que as estrelas deste aglomerado se dispersem. 

Uma nebulosa de reflexão circunda estas estrelas. Em fotografias de longa exposição ainda é possível observar o que resta desse gás inicial. O enxame compreende pelo menos 500 estrelas, predominantemente de cor branco-azuladas e muito quentes, e situa-se a 380 anos-luz. Seis das estrelas nas Plêiades são visíveis sem o auxílio de telescópios e são as mais brilhantes no céu. No verão do Brasil é quando ela mais se destaca no céu, nascendo à leste por volta de 18 horas e estando visível praticamente a noite toda.

O nome Plêiades deriva do grego plein, que significava a abertura e o fechamento da estação da navegação entre os gregos. Na mitologia grega as Plêiades são as sete irmãs, filhas de Pleione e Atlas, perseguidas por Órion que estava encantado com a beleza das moças, e que para escapar da perseguição do caçador, recorreram aos deuses, que as transformaram em sete estrelas. Seus nomes eram: Maia, Electra, Taígeta, Astérope, Mérope, Alcíone e Celeno.

As Plêiades tem vários significados em diferentes culturas e tradições, como por exemplo, entre os indígenas da América do Sul, em especial para os Tupi-guaranis do Brasil. Seu aparecimento marca o início do ano no Calendário Tupi-Guarani.
A Bíblia e vários outros livros antigos nos indicam que Órion abriga uma força malévola, em contraposição às Plêiades, que nos fornecem força positiva e benéfica.
 
Vejamos algumas delas: 

"Falando Deus a Jó, disse-lhe: Poderás tu impedir as delícias das Plêiades ou desatar os ligamentos de Órion? [...] Soubeste tu as ordens do céu?" (Livro de Jó cap. 38; 31).

No Apocalipse (21: 23 a 27): "A cidade não tem necessidade de Sol nem de Lua que brilhem nela". Mas, a seguir, continua: "Suas portas nunca serão fechadas de dia, pois ali não haverá noites".

Também em Apocalipse (22: 5) diz: "Não haverá noite e não terá necessidade de luz de lâmpada, nem de luz do Sol, porque Deus, o Senhor, nos iluminará".

Alcione, a grande estrela central das Plêiades. Essa radiação cósmica está sendo cada vez mais estudada por cientistas. Para o esotéricos nosso sistema solar entrará no campo de influência dessa "radiação alciônica" muito em breve, causando uma modificação total na vida terrestre. 

Saiba mais sobre as PLÊIADES: