Fotografia de Leila Marinho Lage
Partindo para a ignorância
Não curto futebol porque acho um esporte extremamente chato, apesar de eu ter que admitir que as jogadas são de bastante dificuldade técnica e exige preparo físico, além de treinos extenuantes.
O que eu não gosto é de ver uma partida inteira... Muito chatinho! E aqueles comentários futebolísticos, em campo, na TV ou rádio, me enchem os ouvidos. Até tênis consegue ser menos irritante... Pior é ter que aturar os comentários de quem assistiu ao campeonato. Restam para mim apenas lances fenomenais eventuais (já não fazem mais jogadores como antigamente) e a alegria da multidão, que realmente é o show.
Quando eu resolvo ter o saco de assistir a uma partida inteira, como foi no domingo de 20 de junho de 2010, no segundo jogo do Brasil da Copa, diante de meus olhos eu vejo uma arena, onde leões furiosos atacam pessoas. Em pleno século XXI ainda existem povos (times) que partem para a ignorância, esquecendo o que é esporte.
Vi um juiz imbecil, que não zelava pelos atletas e não tomava uma atitude de macho. Vi o técnico do Brasil totalmente enfurecido, mas ignorando a prudência em retirar o jogador Kaká, que estava sendo massacrado e com a adrenalina a mil, ao ponto de ser expulso - sem razão, enquanto os agressores da Costa do Marfim davam um show de incompetência e mau comportamento.
O desportista de futebol adquire lesões sérias. É um esporte violento, no que diz respeito aos traumas. E jogador não tem nenhuma proteção efetiva nas áreas mais visadas (joelhos, canelas, tornozelos). Fora que é um abuso ser empurrado ou cotovelado de propósito. O time do Brasil pode nem ganhar nada nesta Copa, mas só pelo fato de não meter porrada naquela gente, por ter se controlado, já vale um prêmio...
Leila Marinho Lage (com participação de Dona Menô)
21 de junho de 2010
Clube da Dona Menô
http://www.clubedadonameno.com
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