CIFRAS
(Despedindo-me da minha compacta, capítulo I)
Somos cifras, pelo menos para esse mundo absurdo, onde não se dá valor à moral à boa conduta, à boa vontade e ao caráter.
Somos cifras, selecionados de acordo com o nosso valor monetário. Mundo impiedoso que exclui aquilo que dá prejuízo, ou melhor, que não dá lucro ou posição social.
Somos cifras... e assim eu me vi no centro do Rio de Janeiro, diante do Banco Francês e Brasileiro.
Meu anjo da guarda me protegia, tentando de todo modo me deixar feliz - e conseguiu. No meio do caminho paramos, fomos contra a correnteza e tiramos retratinhos.
Texto e Fotografia
Leila Marinho Lage
Rio, 20 de agosto de 2010
Clube da Dona Menô
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