SEM EIRAS NEM BEIRAS, CAPÍTULO I
Um colega me obrigou a estudar sobre a expressão "SEM EIRAS NEM BEIRAS" e associar ao lugar onde eu trabalho aos fins de semana: Cabo Frio. Fa-lo-ei em grande estilo, mas, neste momento, apenas me vem à mente o que observo como uma visitante incidental - e semanal...
Trabalho naquele lugar aos sábados, num hospital público. Aos domingos dou graças a Deus de terminar a coisa. Ainda estou meio que observando as mumunhas do lugar. Posso dizer, entretanto, que Cabo Frio se vale de dois produtos que o sustenta: turismo e política - um misto de cidade do interior (do sertão) com cidade moderna, de alto poder aquisitivo.
Cabo Frio já foi o maior exportador de sal do Brasil. Hoje as salinas foram desativadas e apenas uma empresa produz o sal. Mais de 90% do sal do Brasil agora vem do nordeste do país. Vejo em Cabo Frio o mesmo que aqui no Rio de Janeiro, capital: comércio, bancos, lojas etc. É o TURISMO e tudo que envolve turismo que alimentam a região.
A natureza e as paisagens hipnotizam os veranistas, mas há muita miséria por lá. Muitas favelas e muita gente carente; o crime organizado está tomando poder; a falta de respeito è ecologia acontece o tempo todo. Muito parecido com a capital...
O outro poder de Cabo Frio, a tal da “política”, é muito semelhante ao que acontece com as cidades do INTERIOR DO PAÍS. Já saquei que tapinhas nas costas dos colegas que estão nas esquinas da cidade são muito importantes! Falarei das eiras e beiras futuramente. Eu só preciso, entretanto, frear as minhas ESTRIBEIRAS...
Texto e fotografia
Leila Marinho Lage
Cabo Frio, abril de 2011
http://www.clubedadonameno.com
|