Menô anda meio ressabiada (mas de onde conheço essa mulher?) e fica me olhando estranha, quando isso acontece. Vocês não estão entendendo nadica de nada? Eu explico: Tem dia que acordo com uma puta vontade de ir na casa dela, rasgar a roupa todinha, assim que entro e, ali na sala mesmo, meter a pua! Porta aberta e tudo! Os vizinhos que se fodam! Noutros, dá uma languidão foda e passo o tempo pensando na inutilidade da vida, nos poemas do J.G. de Araújo Jorge, no borboletear das mariposas e em como o Rodrigo Santoro ficou bem no papel de Xerxes em 300. Ainda bem que são raros esses momentos. O que a turma iria pensar? Mas, de onde conheço a Menô? Desde a primeira que a gente se viu, na feira de carros, pareceu que já a conhecia. Por isso, fui cavalheiro e cedi a vez. E ontem à noite aconteceu de novo... Ela tinha pego uns DVD pra gente assistir, porque eu não estava a fim de sair. Dei uma folheada neles: dois romances e um bang-bang. Lógico que peguei o bang-bang. Ela inseriu no aparelho, trouxe a bacia de pipoca e o refri e se ajeitou ao meu lado no sofá, com a cabeça no meu ombro. Gostoso. Inda mais sabendo que depois a gente ia pra cama fazer um amorzinho maneiro. Começou bem o filme: Dois vaqueiros nas montanhas, uma trilha sonora da hora, eu só esperando os tiros começarem ou os bandidos aparecerem pra complicar a vida dos heróis e melhorar a estória. Só que, de repente, foi uma troca de olhar, uns carinhos esquisitos entre os dois e a viadagem pegou fogo. Aí não me contive e perguntei que raio de bang-bang era aquele. Ela riu alto e mostrou a capa: “O segredo de Blackmountain”. Acabou o filme, acabou a pipoca e acabou meu tesão. Eu só conseguia pensar no diacho do loirinho do filme... Pode? Falar em poder, donde será que conheço a Menô?... Beijos
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