 |
|
Energia eólica. Gisa diz: “Escrevo, sim. Pode deixar comigo!”.
Despedimos-nos e fui dormir com esse barulho...
Vinha à cabeça a imagem de uma casa no campo com um moinho do lado, um sino dos ventos e uma grande ventania em direção da casa de campo. Eu assisti a um filme com esse cenário, mas não lembro o nome.
Li, mas fui enrolando e tentando ganhar tempo para escrever, sei lá o quê.
 Eu e meu digníssimo marido fomos almoçar na casa de um casal de amigos e falávamos com a filha dele sobre religião. Ela disse uma coisa que precisei assimilar depois: "Eu acredito no Big Ben, mas acredito em Deus também. Mas, dizem que quem acredita no Big Ben não acredita em Deus".
Vixi, Maria! Estou precisando rezar mais. Gisa! Bummmm!!! Big Ben!!!
Pesquisas cientificas apontam que o universo surgiu a partir de uma explosão, mas como não há com saber se foi verdade, ou não, prefiro acreditar em Deus. Tudo se tem um início e fim, mas Deus é infinito. Putz! Essas coisas levam à loucura.
Como não tenho a intenção de ser mais louca do que sou, então, vamos lá para os moinhos bonitinhos e explicar cientificamente as coisas.
Os bons ventos podem ser manifestados pelo aquecimento solar, provocando deslocamento do ar e girando aquelas pazinhas bonitinhas.
A energia eólica há séculos é explorada pelo homem - são os famosos moinhos de vento, utilizados para triturar grãos e fazer farinhas, puxar água do poço, impulsionar embarcações, etc. Atualmente essa energia é usada com muito mais eficiência pelos homens.
O mundo está voltando rapidamente para a energia do vento, preocupado com as mudanças climáticas. E os custos disto estão caindo.
Um megawatt de capacidade geradora eólica atende as necessidades de energia de 350 famílias, numa sociedade industrial, ou cerca de 1000 pessoas. Assim, os 23.300 megawatts da atual capacidade geradora são suficientes para suprir as residenciais de aproximadamente 23 milhões de pessoas – equivalentes à população conjunta da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia.
A Alemanha é líder mundial em geração de energia eólica, com 8.000 megawatts - quase um terço do total. A Califórnia vem em segundo lugar, com 4.150 megawatts. A Espanha ocupa o terceiro lugar, com 3.300 megawatts, seguida da Dinamarca, com 2.500 megawatts, e suprindo com o vento 18% da sua demanda.
A energia eólica proporciona estabilidade de preços e independência energética em longo prazo. Não apenas os custos estão em queda, mas, com a energia eólica não há súbitos aumentos de preço, como ocorre com o gás natural. Não existe uma OPEP para o vento, já que está amplamente disperso. Como fonte inesgotável, o vento nos proporciona mais energia do que jamais poderemos precisa, além de não afetar o clima.
Na Europa projetos marinhos já estão surgindo no litoral da Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Escócia, Suécia e Reino Unido.
A energia eólica é a fonte de eletricidade e hidrogênio que pode satisfazer toda a demanda energética da economia moderna.. Abundante, inesgotável e barato, o vento prenuncia se tornar a base da nova economia. Poderemos perceber a forma desta nova economia emergente à medida que turbinas eólicas substituam minas de carvão; quando geradores a hidrogênio substituírem refinarias de petróleo; quando motores de combustão interna forem trocados por tecnologia celular.
No Brasil o Departamento de Energia Mecânica da Universidade de Pernambuco avaliou que a velocidade dos ventos do Litoral do Ceará (9m/s) tem potencial para gerar eletricidade equivalente à Angra I. A partir de 1977, a cidade de Olinda começou a ser iluminada e movida a energia eólica. Que lindo!
Agora eu pergunto: Pra que gastar dinheiro com aquelas porcarias de Angra I, II, e sabe lá quantas mais?...
Tudo é tão bonitinho com a eólica. A única desvantagem da eólica, é o barulho das turbinas, mas isso é resolvido com a construção destas usinas em lugares isolados, como nos campos e no mar. O gasto com a implantação desta tecnologia seria compensado ao longo de várias gerações futuras.
Além da energia eólica, temos outras menos agressivas ao meio ambiente, como a energia Solar. Atualmente o sistema solar é composto por células fotovoltaicas (espelhos parabólicos), que transformam a luz solar em energia elétrica em regiões sem rede elétrica. A energia obtida hoje pelas células fotovoltaicas poder ser armazenada em baterias(carros) durante o dia ensolarado, para ser usada à noite ou em dias chuvosos.
A energia solar que atinge a Terra é mais do que suficiente para satisfazer as necessidades energéticas da nossa civilização. Além disso, é uma fonte de energia gratuita, abundante, permanente, renovável a cada dia, não polui e não prejudica o ambiente.
A energia solar pode ser utilizada de duas formas diferentes:
Para aquecer a água (solar térmico) – utilizam-se os "coletoressolares", colocados, por exemplo, no telhado dos edifícios e que passam o calor do sol para um fluido, que depois aquece a água. Esta é aplicação da energia solar mais habitual permitindo o aquecimento de água ou de ar a baixa temperatura (até 60 ou 70 graus centígrados), podendo considerar-se econômica em muitas situações, uma vez que o investimento no sistema solar pode, por vezes, ser recuperado pela poupança de energia nas formas tradicionais. Para produzir eletricidade (solar fotovoltaico) – utilizam-se os coletores fotovoltaicos, uma estrutura feita com um material semicondutor que, ao receber a radiação solar, produz uma corrente elétrica. Portugal está entre os países do mundo com melhores condições para aproveitar a energia solar. Morei no Brasil em uma casa onde eu tinha o coletor de energia solar. Eu economizava com energia elétrica, mas, ao mesmo tempo, gastava com banheira de hidromassagem e sauna. È sempre bom ter a energia tradicional como segunda opção, porque nos dias de chuva sempre tínhamos que tomar banho no banheiro externo da casa, onde era o único com energia elétrica proveniente de fiação. Para tudo se tem solução e para tudo se tem remédio num mundo de várias fontes energéticas.
Espero ter atendido às expectativas neste texto, pessoal. E obrigada por ter acreditado na nossa idéia, que parece brincadeira mas não é.
 Com Carinho
Gisa
Suécia, 28 de novembro de 2007 |
