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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Poema de Camões
Formatação de Leila Marinho Lage
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Comentário de Dona Menô
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Por Luís Vaz de Camões
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Até aqui, tudo bem. O moço disse que a gente muda com o tempo, pra melhor ou pior...
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
Ele está sendo pessimista. Quis dizer que tudo que passa deixa um sentimento triste. Alguma coisa tipo TPM...
O tempo cobre o chão de verde manto,
Eta tempinho danado que cobre a felicidade...
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
Chão verde, felicidade; coberto de neve, tristeza. O tempo cobre um e outro.
Eu não falei que era TPM?... Ele desabou em depressão!
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
"Soía" vem do verbo soer. Soer significa de hábito, de costume. Camões aqui percebe as fatais mudanças do tempo que mudaram seus conceitos e visão otimista da vida.
Por isso o pps tem flores no final. Elas representam mudanças, evolução. Elas morrem, porém já são lindas desde o botão. Eu e a doc pensamos em borboletas, mas estas nascem lagartas, feias. Geralmente na vida a coisa é o oposto.
Mando flores do meu século a Camões, que no século XVI, em seu tempo e a tempo, já sabia das coisas.
Só deixo um recadinho a ele e a todos: as flores renascem se possuírem raízes.
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