Sinto Vergonha de Mim Poema de Cleide Canton Formatação de Leila Marinho Lage Esta apresentação está hospedada no Recanto das Letras. Usem este Link: http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1725015 Comentário: Recentemente um amigo médico me enviou um vídeo de Rolando Boldrin recitando um poema erroneamente atribuído a Ruy Barbosa: “Sinto Vergonha de mim”... Eu já tinha ouvido sua declamação há alguns anos e achei a interpretação de Boldrin muito boa, mas não me liguei na autoria. Novamente recebendo o vídeo, eu procurei saber a veracidade das informações e descobri que Boldrin já havia se desculpado pelo engano e que a autora era Cleide Canton, advogada, professora, escritora. Ao final de seu poema, Cleide tinha inserido um trecho de um discurso parlamentar de Ruy Barbosa, grande político e jurista de nossa história, dito em 1914, quando de sua revolta pela impunidade de assassinos que cometeram uma chacina a presos. Ruy Barbosa foi antes de tudo um grande pensador e formador de opiniões. Suas palavras ainda ecoam modernas nos dias atuais. “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Decidi fazer um PPS, já que há três anos perdura a infeliz confusão sobre quem é o verdadeiro autor do poema. Eu precisava de uma imagem... Eu tinha uns planos de fundo com as cores da bandeira, mas eu queria uma coisa melhor. E logo veio à mente “o olho brasileiro”, uma foto montagem muito conhecida e divulgada na Internet. Lá fui eu às páginas de pesquisa até achar a dona do “olho verde e amarelo”, Kátia Franke, uma fotógrafa de Santa Catarina, sul do Brasil. Entrei em contato com Cleide (a poetisa), que autorizou de imediato o meu trabalho. Fiquei triste porque Kátia não respondeu à solicitação que enviei por e-mail. Acabei fazendo o PPS sem sua foto. Mas hoje recebo sua resposta, permitindo o uso de sua imagem, desde que não seja para fins lucrativos. O único lucro está em poder fazer esta apresentação do jeito que eu queria e que agora publico. Pude dar a minha interpretação ao poema e posso com os meus slides divulgar dois belos trabalhos (texto e foto), com os devidos créditos. Fucei e descobri rapidinho tudo o que eu queria, e, de lambuja, estudei um pouco sobre Ruy Barbosa - sem vergonha de ser feliz...
Leila Marinho Lage
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