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CAMINHO DAS CEREJEIRAS
https://youtu.be/75BKOk3DCPQ
Formatação e fotografia de Leila Marinho Lage
Comentário sobre este trabalho
Em 2010, numa visita a um jardim oriental em Campos do Jordão, caminhando num imenso campo de cerejeiras em flor, escalando morros e fotografando tudo que encontrava, eu me perdi. Não sabia como retornar.
Para piorar a situação, eu percebi que um homem estava me seguindo, muito perto, bem atrás de mim, pois eu via sua sombra no chão à minha frente; eu ouvia seus passos.
Rapidamente olhei pra trás, e não havia ninguém. Na verdade, não daria nem tempo de ele se jogar na mata, uma vez que eu estava numa trilha de terra batida. Mesmo assim, comecei a correr por todos os lados à procura daquela pessoa. Ao mesmo tempo, senti a presença de minha falecida mãe.
Aquilo foi intrigante, perturbador. Deu vontade de chorar e chorei.
Ao retornar à minha casa dessa viagem, estudando sobre as cerejeiras, a cultura japonesa, os mitos que envolvem essa floração, li que espíritos de luz podem morar entre essas árvores e gostam de brincar conosco. Acreditei que algo fora do normal realmente aconteceu comigo.
Dias depois, querendo fazer um trabalho audiovisual com aquelas flores, mas sem encontrar o tema, como que por encanto, uma pessoa, que esteve muito doente e de quem eu tratava, me entregou um papel amassado, com dizeres manuscritos. Ela encontrou aquela folha de caderno na caixa de correio de sua casa e alegava que tais palavras serviram para sua cura. Esta paciente disse que, então, a mensagem teria que ser passada para mim.
Não há nada mais espiritual do que a fé. Não sei quem me seguiu, mas sei QUEM o enviou. Saberão assistindo ao vídeo.
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