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"CALAMIDADES", por ANTONIO CERDEIRA

https://youtu.be/bPmzZnyrKR4

Feliz coincidência

Hoje é o dia da música e tenho a satisfação de enviar esta mensagem justamente hoje.
Eu fiz o pps Calamidades e tinha dúvida quanto à autoria do texto. Procurei muito na Internet e nada achei.
Não sabia se a poesia inserida neste trabalho era minha ou não e o dei ao mundo virtual atribuindo a um autor desconhecido, pois não achava justo uma coisa tão linda não ser divulgada, mesmo que eu a “perdesse”.
Só que, por essas coisas do destino, eu fiz a mais sincera homenagem que poderia a um grande amigo. O verdadeiro autor de Calamidades é Antonio Cerdeira .
Se eu tiver que descrever sua profissão, diria apenas que é professor de Inglês, porém ele é mais que isso. É um intelectual, com uma inteligência privilegiada desde pequenino.
Na verdade, ele nunca foi pequeno, nem em tamanho, nem em ideais. Ele é um sonhador.
Quando jovem (mais jovem...) ele estudou medicina só para lhe acrescentar conhecimentos e nunca quis a exercer. Doideira, não é?
Mais doido ainda é se dedicar ao que ele acha de uma das coisas mais gratificantes em sua vida: Ser integrante do Coral da Companhia Bachiana Brasileira, um grupo que é composto de uma orquestra e um coral e que tem seu nome em homenagem às músicas de Bach.
Todo músico, aliás, todo artista no Brasil, assim como a maioria dos médicos, são sonhadores. Nós lutamos contra a maré e nos dedicamos de corpo e alma a um propósito, à realização plena de nossa obra, mesmo que isto signifique não ter o retorno merecido no reconhecimento de nosso trabalho e na remuneração do mesmo.
Imaginem o Cerdeira (ou professor Cerdeira ou, simplesmente, Antonio) abrindo meu site e se deparando com sua obra feita há mais de 25 anos e também esquecida em seu velho caderninho!
Eu a guardei no meu “baú” e sempre a lia. De tanto ler comecei a achar que era minha. Como ela tem alma feminina, eu a incorporei (ou ela me incorporou...).Talvez eu tenha tido, lá no fundinho do meu ego, vontade de a ter composto, mas fui sincera e não me dei os méritos, graças a Deus...Como ele mesmo falou, fui literalmente a sua guardiã.
O fio de prata, ao qual já me referi no meu site, mais uma vez se encurta e vem unir, nesta feliz coincidência, dois amigos que se admiram mutuamente e têm um pouquinho de sua história para ser contada.
Acessem o site da Cia Bachiana Brasileira e prestigiem seus eventos. É coisa nossa!
http://www.bachiana.com.br

Leila Marinho Lage
Rio de janeiro, 22 de novembro de 2006

Leiam a poesia

CALAMIDADES
(Antonio Cerdeira)

vem, Furacão
faz do meu sangue tua móvel residência
na minha mente dança à roda co’a Demência
deixa exaurida e insensível a Emoção

vem Tempestade
deixa o teu raio arrepiar o meu cabelo
o teu Trovão banir o Sonho e o Pesadelo
e a tua Água inundar minha Verdade

vem Terremoto
meu Coração quer aprender o teu segredo
de sacudir o Corpo e deixá-lo roto

vem Fogaréu
queima-me o Tédio, carboniza-me o Medo
consome o resto e leva as cinzas para o céu