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Tudo sobre colesterol O estrogênio protege contra coágulos nos vasos sanguíneos (trombos), mantém o colesterol em níveis normais (diminuindo o LDL colesterol e aumentando o HDL colesterol) e melhora o metabolismo da glicose. O envelhecimento fisiológico coincide com o déficit de estrogênios. Na menopausa o corpo muda, não só em sua forma, mas em nova condição, lembrando, só que forma contrária, outra mudança natural: a adolescência. Mudam a cabeça, o corpo e o comportamento. Muda o osso e a estrutura muscular. Mudam-se os conceitos e expectativas. Os acidentes vasculares, tanto cardiológicos quanto cerebrais, são mais frequentes. Todo mundo fala de colesterol, da melhor dieta, do coração, mas nem todos sabem a razão de tal preocupação. Então, vamos explicar em cada tópico cada coisinha.
As gorduras no sangue são necessárias para o ser humano, sendo matéria prima para produção de hormônios e ácidos biliares. Chamamos de lipídeos as gorduras no sangue, que são compostos pelo HDL Colesterol (o bom colesterol), LDL e VLDL Colesterol (mau colesterol) e os Triglicerideos. O colesterol (ou lipídeo esteróide), como toda gordura é na água, é insolúvel no sangue e precisa de carreadoras para seu transporte através dele para que haja a utilização do colesterol dentro das células. Essas carreadoras são as lipoproteínas. Daí, a terminologia HDL (High-Density Lipoprotein ou Lipoproteína de Alta Densidade) e o LDL (Low-Density Lipoprotein ou de Baixa Densidade). HDL: remove o colesterol da corrente sanguínea, evitando o seu depósito nas artérias e no fígado. LDL e VLDL: ajudam o colesterol a entrar nas células, mas faz com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura (ateromas). Triglicerídeos: A maior parte do tecido adiposo do corpo é composto por triglicerídeos, que são armazenados para serem utilizados sob a forma de energia. Eles predispõem a camada interna das artérias à penetração de partículas do colesterol. Os triglicerídeos são lipídios produzidos no fígado ou extraídos de alimentos ricos em carboidratos. Sua função principal é fornecer energia para o funcionamento do organismo. De onde vem o colesterol? O colesterol é produzido pricipalmente pelo fígado, e somente uns 25% provém do intestino, originário de nossa alimentação. As fontes para a formação do colesterol são os carboidratos (açúcares), aminoácidos e os ácidos graxos. O colesterol é sintetizado em glândulas que produzem hormônios esteróides - por exemplo, o córtex adrenal, os testículos e os ovários. É armazenado em toda célula vida na quantidade necessária. Está especialmente concentrado no fígado, rim, glândula supra-renal e no cérebro. Ele é necessário para construir a estrutura das paredes das células; deve estar disponível para o corpo produzir vitamina D (vitamina necessária para o metabolismo do cálcio); é essencial para a produção de sucos digestivos; isola as fibras nervosas e é a base para produção de hormônios. Como o colesterol aumenta Os níveis aumentados do mau colesterol e dos triglicerídeos, acrescidos aos níveis baixos do bom colesterol, levam a riscos de doença cardiovascular. Além de fatores genéticos e doenças hepáticas, é o hábito alimentar de toda uma vida um importante fator para a manutenção do nível aumentado ou baixo do colesterol sanguíneo. O erro alimentar, através da ingestão de gorduras saturadas, tem sido o grande vilão do que se chama hiperlipidemia. As maiores fontes dessas gorduras são carne vermelha, de porco (e embutidos), vísceras, gema do ovo, banha, manteiga, manteiga de cacau, queijos, nata, leite integral, azeites. Hoje é consumida uma grande quantidade de gorduras hidrogenadas (produto final da industrializazão das gorduras) através do consumo de margarinas, chocolates, biscoitos e doces, principalmente com aquelas coberturas maravilhosas, tipo glacê, chantilly etc... É indicado fazer-se uma dieta menos gorsurosa, com a substituição por gorduras não saturadas, que podem, inclusive, diminuir os níveis de colesterol sanguíneo. Poli não saturada - óleo de sésamo, girassol, milho, soja, nozes e sementes Mono não saturada - óleo de canola, amendoim, abacate e azeite de oliva. As altas temperaturas causam a saturação das gorduras saudáveis - as não saturadas. Assim sendo, recomenda-se não fritar alimentos nos óleos e azeites, que são considerados saudáveis. Níveis ideais do colesterol Desde crianças devemos poupar nosso organismo das gorduras maléficas, que, com o tempo, poderão se depositar no interior dos vasos sangüíneos, aderindo-se às suas paredes. Atenção: O magro também pode ter colesterol alto e um obeso não necessariamente tem alterações no metabolismo das gorduras. Não fumar - O cigarro é outro fator de risco para o coração, por diminuir o calibre dos vasos, levando ao infarto e à hipertensão arterial. Aliado ao colesterol, multiplica esse risco. O stress age aumentando o colesterol, porque libera cortisol, o que leva a risco maior de hipertensão arterial, diabetes e infarto do miocárdio. Dieta correta - Dê preferência a alimentos de origem vegetal, tais como as frutas, verduras, legumes e grãos. Todos estes alimentos possuem fibras, que ajudam a eliminar pelo intestino o colesterol ingerido. Diabetes e triglicerídeos - Níveis elevados de triglicerídeos podem ser decorrentes de doenças como o diabetes mellitus não tratado. O organismo produz triglicerídeos a partir do excesso de calorias, independente de sua origem: gordura, proteína ou carboidratos (açúcar). Uma refeição rica em calorias faz com que o corpo armazene uma parte em açúcar (glicose), que é uma fonte rápida de energia. Mas ele converte a maior parte em gordura (triglicerídeos), que é armazenada no corpo para ser utilizada como energia mais tarde. Por isso, alimentos ricos em açúcar podem elevar o nível de triglicerídeos. Você pode ter maior propensão a ter altos níveis de triglicerídeos se for obeso ou se tiver diabetes não controlada. Nessa situação não basta controlar a gordura da dieta. É preciso modificar a quantidade dos carboidratos ingeridos. Esses nutrientes são as principais fontes de energia da alimentação e são encontrados em massas, pães, açúcares, mel, frutas, cereais, batata, mandioca etc. Diminuir ingestão de bebidas alcoólicas - O álcool estimula a produção dos triglicerídeos. É um agressor do fígado. O alcoolismo leva à insuficiência hepática, e, consequentemente, ao prejuízo do metabolismo das gorduras neste órgão. Exames laboratoriais e medicação específica - Somente o médico é capaz de avaliar os exames necessários para saber como anda o nível de gorduras no sangue e quando se deve utilizar medicação específica. Qual o medicamento e por quanto tempo deve ser usado, vão depdender de cada caso e acompanhamento. Não adianta fazer dieta por um pequeno período ou usar uma medicação aleatoriamente. A dislipidemia deve ser encarada como uma doença de evolução lenta e silenciosa. Precisa ser monitorada e controlada pelo resto da vida. Leila Marinho Lage
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